Cobrança de IR na fonte pode atrair apostadores para sites ilegais, diz ANJL (Correio Braziliense)
Cobrança de IR na fonte pode atrair apostadores para sites ilegais, diz ANJL
(Correio Braziliense)

Associação de Jogos e Loterias defende que a alíquota de 15% do Imposto de Renda sobre os prêmios dos ganhadores seja recolhida por meio da declaração feita anualmente pelo contribuinte
A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) alerta que a cobrança de Imposto de Renda na fonte sobre os prêmios líquidos pagos aos ganhadores de apostas esportivas e jogos on-line tem o potencial de atrair apostadores para sites ilegais.
O tema deve ser apreciado pelo Congresso Nacional, na volta do recesso parlamentar, quando forem votados os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei 14.790, aprovada no fim do ano passado, que regulamentou a atuação das bets no Brasil.
Ao Correio, o setor argumentou que, caso sejam mantidos os vetos aos trechos que previam o recolhimento anual do imposto, outra possível consequência para o país seria a frustração da arrecadação com o setor, uma vez que não há recolhimento de impostos em jogos feitos no mercado ilegal.
A ANJL defende que a alíquota de 15% do Imposto de Renda sobre os prêmios dos ganhadores seja recolhida por meio da declaração feita anualmente pelo contribuinte.
“Dessa forma, a tributação anual traria um duplo benefício para o país, evitando a fuga de apostadores para sites ilegais de apostas e eventuais questionamentos jurídicos sobre a retenção na fonte, o que pode comprometer a própria meta de arrecadação da União com o setor”, disse o presidente da associação, Wesley Cardia.
Na última semana, o Ministério da Fazenda criou a Secretaria de Prêmios e Apostas, que cuidará da regulamentação e fiscalização das apostas esportivas de quota fixa, conhecidas como bets, e os jogos on-line. De acordo com a pasta, a secretaria será responsável ainda por autorizar a distribuição de prêmios, brindes, exploração de loterias, ações de combate à lavagem de dinheiro, monitoramento do mercado e prevenção ao jogo compulsivo.
A medida tributa empresas e apostadores e define regras para a exploração do serviço, além de determinar a partilha da arrecadação. A lei abrange apostas virtuais, apostas físicas, eventos reais de temática esportiva, jogo on-line e eventos virtuais.
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